

As cores da Galiza
Recolhes na mao
umha estrelinha
ao podar a maceira
com umhas tesoirinhas.
Nascem livros nos prados
para ler com tranquilidade
á sombra dumha árbore
a palabra liberdade.
E há um lobo e um merlo
e umha nena violeta
e palavras plantadas
como flores nas macetas.
E com os olhos fechados
no pilom de lavar a roupa,
está essa mulher
que sempre dá muitos abraços.
Há um corvo que canta
umha cancióm de aqui
e ves música de cores
e alguém pensa em ti
E vas de bicicleta
e de noite e de dia
atrás de estrelas verdes,
vermelhas e lilas.
Há tamém muitos beijos,
muá, muá, muá
e um paporruivo
que nom sabe cantar.
Dentes de leóm, acordeóns
e banheiras na leira
e gente a fazer o amor
do Caurel a Novoneyra.
Olha que se te quixem
foi polos grelos.
Agora que nom os plantas
já nom che quero,
di Frida Kahlo
com um sacho na mao.
Há sempre gente
alegre e muitas flores
e os paráguas nom som negros
porque a chuvia os tingue
de todas as cores.
Estám a cambiar a vida
muitas mulheres sonhando
na Galiza e no mundo
de cores de Leandro.

No hay comentarios:
Publicar un comentario